O Centro Popular de Defesa dos Direitos Humanos Frei Tito de Alencar Lima, (CPDDH Frei Tito de Alencar Lima), conhecido pelo nome de Centro Frei Tito, tem sede na Rua Jacinto Paes, 57. Fica próximo do piscinão recentemente inaugurado do Córrego do Cordeiro, onde era o depósito da Brahma, no fim do Caminho Antigo do Mar com rua Álvaro Fagundes (onde aquele jovem chamado Guilherme foi executado pelo policial/vigia de um terreno baldio. O jovem carregava no seu corpo “DOIS CRIMES”: O DE TER A PELE NEGRA E DE MORAR EM FAVELA). Na verdade, a história do Centro Frei Tito se origina no fim da década de 70, período em que a ditadura militar implantada em 64 mostrou o seu lado mais perverso: a repressão instituída, censura aos meios de comunicação, a proibição de livre manifestação, proibição aos sindicatos, proibição à livre organização, com arrocho salarial, uma inflação que fazia o custo de vida cada dia maior, organização paramilitar denominada ESQUADRÃO DA MORTE, que executava jovens que viviam nas favelas e comunidades pobres com alta vulnerabilidade social.
É nesse contexto que foi iniciada a construção do Centro Frei Tito. Indignados com o que acontecia no bairro, alguns moradores resolveram criar uma entidade de defesa da vida dos jovens que eram assassinados pelos grupos de extermínio que executavam sindicalistas, ativistas políticos, pobres, na sua maioria negros, moradores das barrocas, dos morros, das quebradas das favelas da região. As pessoas amanheciam e encontravam cadáveres amontoados, cobertos com jornal, com sangue escorrendo pelas calçadas.
No seu início o Centro Frei Tito não tinha sede própria. As reuniões, conversas e discussões eram feitas nas casas dos moradores, daí o nome “CENTRO POPULAR. As pessoas discutiam como proteger as crianças e jovens dos atos covardes dos policiais que integravam o Esquadrão da Morte, como lutar contra a carestia que corroía o minguado salário que recebiam, as pessoas discutiam como evitar as enchentes, já que, nos dias de chuva, as águas misturadas com esgoto invadiam as casas próximas dos rios. Discutiam como implantar na região cursos de alfabetização de adultos, pois muitos adultos não sabiam ler nem escrever.
Hoje, o Centro Frei Tito desenvolve atividades como o curso de alfabetização de adultos, o MOVA-SP, o CCA-Centro de Crianças e Adolescentes, a distribuição e venda de alimentos saudáveis, ou seja, alimentos orgânicos, saraus e danças regionais e participa, junto com outros grupos, da organização das lutas, manifestações e eventos culturais na região.
No fim da Segunda Grande Guerra Mundial, com a derrota dos movimentos Fasci-nazistas, foi assinada DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, em 1948, para que mais vidas não fossem sacrificadas.
Baseado nesta Declaração, os princípios do Centro Frei Tito foram criados:
I – Todo ser humano tem o direito à vida. Ninguém tem direito de tirar a vida do seu semelhante;
II – É direito de todo ser humano ter uma moradia adequada; e digna;
III – É direito de todo ser humano frequentar escolas para se desenvolver plenamente;
IV – É direito de todo ser humano se alimentar adequadamente;
V – É direito de todo ser humano ter acesso a um serviço de saúde digno;
VI – É direito de todas as crianças e adolescentes serem protegidos de toda e qualquer agressão da sociedade;
VII – É direito de todos os seres humano terem acesso à cultura e laser;
VIII – É direito de todo ser humano a ir e vir livremente;
IX – É direito de todo ser humano a escolha de religião que lhe satisfaça;
X – É direito de todo ser humano pensar e se expressar livremente.
Parabéns pela iniciativa!
Quero muito visitar e colaborar com o Centro Frei Tito.
Parabéns pela iniciativa!
Quero muito visitar e colaborar com o Centro Frei Tito.
[…] diz que sua decisão de fazer essa oficina de violão com as crianças e adolescentes do CCA Frei Tito, foi pautada na certeza de que a música pode ser um agente social com potências para resgatar a […]
Olá tudo bem? 🙂
Amei seu conteúdo,muito bom mesmo!
Obrigada.
[…] Poste conta com o apoio dos movimentos sociais do território, de entidades como o Centro Popular de Defesa dos Direitos Humanos Frei Tito de Alencar Lima, do Jardim Miriam Arte Clube e do Comitê de Lutas por Direitos de Cidade Ademar, Pedreira e […]
[…] desse periódico que foi idealizado no final de 2019 pelos militantes e ativistas que compunham o Centro Popular de Defesa dos Direitos Humanos Frei Tito de Alencar Lima. Na época, pensou-se que seria necessário um boletim impresso com as ações do grupo, para ser […]
[…] por profundas transformações, a partir das oficinas que ela dava de capoeira no CEJOLE (ONG) e no Frei Tito (Cidade Julia), onde chegou a dar oficinas para mais de 180 crianças e adolescentes, conseguiu […]
[…] Cheguei em São Paulo em 1974. No final dos anos 1980, comecei a participar da pastoral do canto, na comunidade Santo Antônio, que pertence à paróquia de Nossa Senhora de Aparecida, na Avenida Cupecê, no Jardim Mirim. Lá fui convidada para participar do Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), de São Paulo, no qual ingressei em 1989. Comecei a trabalhar em várias comunidades (Santo Antônio e Sagrado Coração de Jesus) e no Centro Popular de Defesa Dos Direitos Humanos Frei Tito de Alencar Lima. […]