Por Carlos Seino

Com todo respeito, e em minha humilde opinião, foi bom para os evangélicos que Bolsonaro tenha perdido a eleição. Estava havendo muita atenção religiosa em torno de sua candidatura, que em alguns círculos, beirava a idolatria. Foram convocadas reuniões de oração, vigílias, jejuns. Houve profecias (mais uma vez não cumpridas). Pessoas perderam seus cargos ministeriais. Outros foram impedidos de participar da santa ceia. Outros, convidados a sair da igreja. Uma classe de pessoas foi identificada como maldita, inimiga (os esquerdistas). Candidatos, mais uma vez, foram levados ao altar, e fizeram campanha explícita nos templos, em um desvio não apenas ministerial, mas, ao mesmo tempo, ilegal. Alguns até cantaram louvores ao candidato. Durante as apurações, me entristeci ao ver pessoas ajoelhadas, clamando, chorando, em prol do seu candidato. E alguns, agora, estão até apoiando atos ilegais de revolta. Ensinaram para os crentes que é fundamental ter alguém lá para os proteger.
Porém, somente Jesus é a porta das ovelhas. Somente Jesus é o bom pastor. Somente Jesus dá a vida eterna e somente Jesus protege as ovelhas com sua poderosa mão (Solus Christus).
Isso não significa que os cristãos não possam e não devam ter suas opções políticas. Só não devem confundir isso com seu ministério e têm que aprender a respeitar a pluralidade de opiniões, a começar de suas lideranças.

Acompanhe a primeira parte desse texto em A crise evangélica.

Imagem: Pixabay

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Escrito por Expresso Periférico

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