Sabemos que, na história do Brasil republicano, nunca tivemos que acionar as nossas Forças Armadas. Por Alex e Paulo.

Sabemos que, na história do Brasil republicano, nunca tivemos que acionar as nossas Forças Armadas para rechaçar invasões de exército ou quaisquer outras forças armadas de países estrangeiros que colocassem em riscos a nossa democracia ou a nossa soberania. 

Os únicos momentos em que as nossas Forças Armadas foram acionadas: a) Na Segunda Guerra Mundial, sob o comando dos EUA, na Europa, integrando os exércitos aliados; b) Na participação da “MISSÃO DE PAZ DA ONU” no Haiti, quando morreram centenas de milhares de haitianos.  Recentemente, o nosso Presidente da República cogitou  invadir a Venezuela, sob a tutela dos EUA. Portanto, nunca o Brasil precisou efetivamente das nossas Forças Armadas.

Nesses últimos tempos, assistimos cenas,  acontecimentos que muitas pessoas não estavam acreditando que aconteciam no Brasil. No Senado Federal, o que  a CPI da COVID-19 mostrou e está mostrando é  uma radiografia das nossas Forças Armadas. Coisas que as nossas instituições não revelavam ou não permitiram que fosse revelado.

Um grande contingente de militares exercendo cargos civis no governo federal (MAIS  DE 3000 militares) sem que tenham competências  para isso. Ficou patente no Ministério da Saúde, que emprega militares de várias patentes, da ativa ou da reserva e que não fizeram absolutamente nada para combater o avanço dos contágios e mortes da nossa população  (já temos perdas de mais de 570.000 vidas até este momento). Além da completa falta de competência, mostraram também a falta de humanidade para com o povo, desde o Presidente da República, que é um militar de baixa patente (capitão da reserva), até militares de alta patente como o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (general de três estrelas da ativa) que ficou assistindo de camarote ao espetáculo necrófilo que a televisão mostrou ao vivo e em cores em que vários outros militares de diversas patentes:  sargentos, cabos, capitães, coronéis, que postergaram as compras de vacinas, dificultado a feitura de contratos com laboratórios que ofereceram as vacinas que se adquiridas teriam evitado as mortes de pelo menos 200 mil brasileiros. Por trás dessas mazelas, tentaram fazer contratos com intermediários não autorizados  que tinham interesses escusos revelados pelos depoentes na CPI, que confirmaram terem conhecimento de um sobrepreço DE UM DÓLAR a cada dose de vacina que renderia um montante de mais de 100 milhões de dólares, ou mais de R$ 600.000.000, 00. Quem ficaria com todo esse dinheiro? Ou seria repartido por todos que faziam parte desse esquema? Uma coisa é certa, esse prejuízo para os cofres do estado seria repartido para toda a população brasileira. Um dinheiro que poderia ajudar muita gente em situação de vulnerabilidade social. 

Somados a esses fatos, na conta do Ministério da Defesa foi constatada a compra de centenas de milhares de caixas de leite condensado, centenas de TONELADAS de picanha, dezenas de milhares de cervejas Heineken, uísque. Algumas outras irregularidades: a compra e fabricação, por parte do Exército, de medicamentos não especificados para a cura de COVID-19 ou combater a infecção do vírus SARS-COV-2, medicamentos que comprovadamente não têm nenhuma propriedade para combater esse  vírus.

Para aqueles que ainda querem chamar o Exército para acabar com a corrupção, dar um jeito no rumo do país, vai um recado:

SEM  DEMOCRACIA, SEM IMPRENSA LIVRE, SEM CULTURA, SEM  EDUCAÇÃO  NÃO IREMOS CONSTRUIR UM PAÍS MELHOR! 

SEM A PARTICIPAÇÃO DO POVO NO RUMO DO PAÍS, NÃO VAMOS CONSTRUIR UM PAÍS LIVRE E DEMOCRÁTICO!

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