A caminho de uma guerra civil. Por Henrique Romanos

Há muito tempo, avisei que Bolsonaro ganharia. Depois, admiti que, se perdesse, seria de raspão no segundo turno. Assim foi.

Avisei que, sem o apoio decisivo das Forças Armadas, a polícia agiria em desobediência à lei e à Constituição, fovorecendo a tentativa de golpe em defesa de Bolsonaro. Acertei.

O que esperar doravante?

Amanhã um bolsominion resolve empunhar uma arma num restaurante e a polícia o apoiará, descumprindo seu dever.

Amanhã, um juiz manadará prender um criminoso bolsonarista e a polícia não cumprirá a ordem.

Nesse cenário esperado (sim, esperado!), que estratégias serão ativadas para fazer valer a democracia?

Em seu discurso, Lula festejou a redemocratização do país com sua vitória. Mas…

E ainda lembro que um banana me deixou falando sozinho porque eu defendia a tese de que sem um judiciário e uma polícia imparciais, não havia democracia de fato. Será que estava errado? Ora, se eu estava errado, errados estão o Lula e todas as lideranças mundiais que viram na vitória de Lula a recuperação da democracia brasileira roubada pelo desgoverno Bolsonaro!

A grande questão agora é pensar nas ações concretas para que de fato se recupere a democracia. A vitória de Lula é o primeiro passo, porém ainda insuficiente. Muitos outros passos precisam se realizar. Não sei quais, mas é preciso pensar rapidamente. A caminhada é longa!

Imagem: Bruno O.

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Escrito por Expresso Periférico

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