Revolução industrial, mecanização do campo, destruição empregos, capitalismo, alimentos.

A revolução industrial concentrou as fábricas nas grandes cidades e criou nelas numerosos empregos.  A mecanização no campo eliminou muita mão de obra. Tratores e colhedeiras executavam em poucos dias o serviço que centenas de agricultores demoravam meses. Foi assim que o sudeste brasileiro, principalmente São Paulo, foi o principal destino migratório de todas as regiões do pais. Milhares de pequenos agricultores venderam suas terras, desistiram de trabalhar no campo e correram atrás do sonho dourado de morar na grande cidade.

Contudo, sem perceberem, arrancaram as raízes, que lhes unia à mãe terra e que garantia sua sobrevivência. Pior ainda, pouco a pouco, esses lavradores e principalmente seus filhos foram perdendo a sabedoria de lidar com a terra, de cultivar e produzir. A terra se tornou estéril, já não produzindo alimentos para os seres humanos. Pais e filhos ficaram reféns do asfalto improdutivo da cidade. Nela, multidões de seres humanos lutavam uns com os outros para sobreviverem.

Não nos faltam agora perguntas, meio que sem respostas. Para onde iremos desempregados? Nossas terras não nos pertencem mais. O que semearemos se não sabemos plantar? O que colheremos, se não plantamos? O que comeremos, se não colhemos?

O sistema capitalista rouba dos agricultores a terra. Rouba também a sabedoria que a converte em mãe generosa de alimentos. Sendo assim, os transforma em analfabetos na agricultura e mendigos nas grandes cidades.

Imagem: Pixabay

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Escrito por Vicente Ruiz

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