Em momentos de crises, não faltam vozes de iluminados que encontram palavras mágicas…

Em momentos de crises, não faltam vozes de iluminados que encontram palavras mágicas para solucionar os problemas do desemprego. Agora nos dizem que devemos ser criativos e ousar. É tempo de empreender.

O povo brasileiro é sem dúvida criativo. Empreendedor? Talvez. Só que por falta de capital, sua luta pela sobrevivência o obriga a empreender em negócios de baixo custo como vendedor de drops, chocolate, capas de documentos, pen drives no metrô e em ônibus.

A necessidade obriga pessoas a viajarem, nos meses de verão, do Ceará até o litoral de São Paulo para vender na praia queijo coalho e sustentar a família que ficou no Nordeste.

Outros andam pela areia quente das praias o dia inteiro oferecendo óculos de sol, aparelhos de som e relógios.

As latas de cerveja e refrigerante são disputadas quase antes de serem esvaziadas. Se tem algum restinho, o catador, sem pensar, o bebe.

Já no trânsito, vemos nos faróis: malabaristas, engolidores de fogo e limpadores de para-brisa. Embaixo das marquises, dormem os mais abandonados. Sua condição provoca compaixão nos corações que ainda têm olhos para enxergá-los.

O mundo das drogas é um negocio mais rentável, atraente e arriscado. Às vezes emprega, outras elimina a pessoa e assim diminui o desemprego.

São estes os empreendimentos que empregarão as multidões desempregadas?

Imagem: Bruno O.

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