“Dai-lhes vós mesmos de comer.“ (Mt 14,16)
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), escolheu para este ano de 2023 o tema Fraternidade e Fome; não foi por acaso essa escolha. O Brasil tem 33 milhões de pessoas passando fome mesmo sendo um dos principais países produtores de alimentos do mundo.
A CNBB, de forma pioneira e corajosa, enfrenta dessa forma o negacionismo que se formou durante o Governo Bolsonarista e seu recado explicito é que a Fome não é de Deus. De forma corajosa até porque é dentro das Igrejas crentes que o Bolsonarismo nazifascista se manifesta de forma vergonhosa e satânica. A Fome não é de Deus, então só pode ser do Diabo.
É nessa circunstância de enfrentamento interno que a CNBB propõe a Campanha da Fraternidade deste ano, sabendo dos riscos e da oposição que dentro dela tem se manifestado. A CNBB se enaltece lembrando figuras como D. Hélder Câmara, D. Paulo Evaristo Arns, D. Pedro Casaldaliga, D. Angélico, D. Mauro Morelli e outros.
Lembro aqui também o companheiro Waldemar Rossi que tanto lutou na Pastoral Operária para que a CNBB tivesse o papel relevante durante todos esses anos.
O Apoio do Papa Francisco é decisivo para o êxito da Campanha da Fraternidade deste ano, somado ao Papa João XXIII e ao Papa Paulo VI a Igreja católica forma os três Papas mais progressistas e humanistas da Igreja Católica.
Grupos, como a TFP (Tradição, Família e Propriedade) que apoiou o golpe militar de 1964, os Arautos do evangelho, o IPCO (Instituto Plinio Correia Oliveira) que herda o extremismo da famigerada TFP, se colocam contra a Campanha da Fraternidade por entenderem que a CNBB dá um recado aqueles que foram subservientes ao Bolsonarismo e ainda são.
Esses grupos de extrema direita incrustrados na Fé Cristã, merecem todo o nosso repúdio, pois servem aos interesses nojentos do capitalismo. São grupos negacionistas, nazifascistas e acima de tudo charlatões da espiritualidade cristã.
Nosso total repúdio a esses extremistas que se colocam contra a Campanha da Fraternidade e contra Sua Santidade o Papa Francisco.
Imagem: CNBB