Do campo progressista a todo o campo da esquerda é consenso: FORA BOLSONARO!
Do campo progressista a todo o campo da esquerda é consenso: afastar o Bolsonaro da Presidência da República é uma tarefa prioritária, seja nas ruas ou nas urnas. O que fazer então?
O Fora Bolsonaro nas ruas está difícil, muitos já concentram seus esforços para tanto. Há muitos entraves para isso: a mobilização nas ruas não está acumulando forças suficientes que pressione o seu afastamento; outros entraves estão nas instituições do estado, é preciso que o presidente do Congresso aceite os pedidos de afastamento, o PGR para investigar as ilegalidades cometidas pelo presidente e também o Supremo Tribunal Federal, que faz vistas grossas para isso.
Antes de mais nada, cabe aqui, se posicionar que nenhum processo eleitoral via Democracia burguesa é fator suficiente para transformar, tanto do ponto de vista político ou econômico, o capitalismo. Então, qual a importância de participar das eleições?
Quais seriam os conselhos que se daria a um dirigente para obter a vitória, ou seja, derrotar Bolsonaro no campo da batalha das urnas? Teríamos provavelmente três hipóteses:
1) O Partido dos Trabalhadores tem forças próprias para derrotar o Bolsonaro? Se sim, tudo estaria resolvido para o PT. Se não, vamos à segunda hipótese:
2) Teria, então, o Partido dos Trabalhadores que se unir às forças aliadas, ou seja, compor com outros partidos do campo da esquerda e do campo progressista, alianças capazes de derrotar o Bolsonaro? Se sim, vamos em frente, mas, se não, quais seriam as outras forças a serem convocadas?
3) De acordo com Maquiavel, filósofo do século XVI, teríamos que contratar as forças mercenárias, ou seja, aquelas que estão à direita e que romperam com o Bolsonaro e o bolsonarismo. As melhores forças seriam as próprias e as aliadas, sendo as forças mercenárias de alto risco. Porém, se sem elas não formos vitoriosos, de nada adiantariam as forças próprias e as aliadas.
A eleição de Bolsonaro foi o que de pior aconteceu na história da República. O bolsonarismo está vinculado à extrema direita neonazista nacional e internacional que vê no Brasil a possibilidade de formarem um bunker de expansão internacional comandado por capitalistas daqui e de fora. Internamente, eles reforçaram os segmentos de extrema direita que sempre existiram aqui no Brasil, mas, após o fim dos governos militares, ficaram isolados nas suas casernas ou em alguns grupos religiosos ou alguns partidos menores sem muitas expressões. O Bolsonaro aproveitou esses grupos como apoio, que sozinhos não poderiam tomar iniciativas para por em prática os suas pautas, e desenvolveu uma política de destruição dos direitos que a classe trabalhadora conquistou durante décadas e outras conquistas humanitárias, como acesso às universidades, acessos aos serviços de saúde, como o SUS, acesso à água potável, acesso aos empregos, etc.
As eleições, isoladamente, não transformam uma sociedade, não transformam um sistema econômico capitalista. As eleições por si só fazem a mediação pra poder manter as bases e a exploração da classe trabalhadora, assim como as GREVES. Mas ela propicia discussões e formações que podem levar à superação desta sociedade que vivemos.
OU VIVER A PÁTRIA LIVRE
OU MORRER PELO BRASIL
SOCIALISMO JÁ!
Imagem: Antonio Augusto/Ascom/TSE