Os movimentos  no fortalecimento  da resistência das mulheres, por Alex Gordinho.

Em 1975 a ONU reconhece o dia 08 de março como o Dia Internacional das Mulheres. Porém, definir um único dia como reconhecimento de suas lutas é muito pouco, dada a dimensão histórica de suas lutas.

O primeiro registro de origem de organização das mulheres remete a 1910, durante a II Conferência Internacional das Mulheres em Copenhaguem, na Dinamarca, com a participação de Clara Zetkin, feminista marxista, alemã, que propôs um dia especial , cujo primeiro objetivo seria o de promover o direito ao voto feminino (fonte: Brasil de Fato).

Mas foram as russas soviéticas que, em 08 de março de 1917, organizaram manifestações por pão, paz e fim da participação da Rússia na I Guerra Mundial (uma guerra imperialista).  Essas manifestações se estenderam por vários dias e foi o prenúncio da 1º Grande Revolução Socialista de outubro de 1917. 

No Brasil, em 1917 a participação feminina na Greve Geral (a  primeira do país) foi decisiva. No Estado Novo (1937-1945) e durante a Ditadura Civil –Militar (1964-1985) as mulheres participaram de forma efetiva da resistência a esses regimes autoritários.

Na Constituição de 1988 foi garantida, pela primeira vez na História do Brasil, a Igualdade de Direitos entre homens e mulheres. De lá para cá a participação das mulheres tem crescido na sociedade brasileira.

No campo político, Benedita da Silva, vice-governadora do Rio de Janeiro, assumiu o comando do Estado (abril a dezembro de 2002), foi Senadora e atualmente é deputada federal e Dilma Roussef foi a 1ª mulher presidenta, eleita por duas vezes: 2011 a 2014  e de 2015 a 2018. Entretanto, em 2016 sofreu um golpe, que a afastou da presidência.

As mulheres representam mais de 50% da população brasileira, mas sua representatividade no campo político institucional não passa dos 15%, muito pouco pela sua importância e capacidade de contribuição no processo de transformação socialista deste nosso Brasil.

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Escrito por Expresso Periférico

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