O desemprego é a arma mais poderosa que os patrões têm… contra a Classe Operária.

Nós trabalhadores, organizados em sindicatos, conseguimos no século passado grandes conquistas salariais e direitos trabalhistas importantes.

Estes ganhos dos trabalhadores, junto com a concorrência, cada dia mais agressiva na disputa do mercado, provocou uma queda nos lucros dos donos de empresas.

Esses nunca aceitaram essas pequenas derrotas e começaram a preparar a guerra para pegar tudo de volta. Foi um plano bem preparado, que tem o desemprego como desencadeador do medo que  paralisa nossas lutas.

O plano para arrancar dos operários todas as conquistas salariais e direitos adquiridos é o seguinte:

1º Desemprego; provocar o desemprego assustador. 
2° Eliminar as fábricas gigantescas porque reúnem milhares de operários fáceis de agitar.
3° Terceirizar a produção em pequenas empresas. Dividir, dispersar a classe operária. 
4º Criar o home office (escritório em casa). Cada pessoa trabalha isolada em casa. Uberizar o trabalho.
5º Incentivar  o empreendedorismo, levando os operários a serem autônomos.
6° Acabar com a indústria nacional. Vender as empresas estatais. Desempregar milhões de operários. Sem emprego e sem comida voltarão humilhados e arrependidos.
7° Quebrar economicamente os sindicatos. O operário ficará abandonado; estará sozinho para negociar com o patrão.
8° Chegou a Covid-19 que se tornou um grande aliado dos patrões. Ele acentuou a crise econômica com mais desemprego.

Os últimos cinco anos até este momento, tão desfavorável  para a classe operária, os patrões nos arrancaram  todas as conquistas que conseguimos com muito suor e sangue durante décadas. 

Os trabalhadores que hoje estão dentro do mercado de trabalho vivenciam todo dia uma realidade de escravos, com jornadas exaustivas. Os patrões reduzem o quadro de funcionários e os que ficam têm que manter a produção. As pessoas executam trabalhos mal remunerados, sem registro em carteira, sem direitos… Mesmo assim,  se agarram fortemente a esse emprego para sobreviver. Ninguém quer fazer greve e colocar seu emprego em perigo. Ficar sem trabalho, no sistema capitalista, é não ter dinheiro para comprar alimentos, manter a casa… Não ter o que comer é fome.

Com o avanço da tecnologia, os robôs e as máquinas programadas executam serviços mais precisos e rápidos do que nós, operários, sem reclamar e sem exigir direitos. Passamos nossa sabedoria para os robôs e para os pretensos donos deles, os empresários,  que nos descartam, nos desempregam. 

Por não ter trabalho para todos, o estudo ajudará a competir na disputa por uma vaga, mas não nos garante emprego.

Várias profissões desaparecerão. A miséria, a fome serão a perspectiva de futuro por causa do desemprego.

O capitalismo consegue  produzir tudo o que precisamos para levar uma vida digna; mas, não consegue distribuir. A riqueza fica acumulada em poucas pessoas e se torna improdutiva. É improdutiva porque é aplicada no campo financeiro, na bolsa; produz mais sem correr riscos.

A economia aquece quando todas as pessoas têm emprego, dinheiro para comprar e para consumir. Nesse momento, devemos encontrar o consumo possível que os recursos do planeta Terra nos permite.

O sistema capitalista não consegue criar uma sociedade justa e harmônica. Devemos encontrar outro sistema regido pela justiça, pela paz, pela solidariedade, pelo amor, pela felicidade de todos.

O socialismo é o nosso horizonte. É necessário ter um estado forte para criar emprego. O Brasil pode investir em infraestrutura: estradas, ferrovias, navios, transporte, escolas, hospitais, universidades… Somos uma sociedade em construção. Temos mais de 210 milhões de consumidores no mercado interno, carentes das coisas mais elementares para viver.

Não basta criar consumidores; necessitamos ser donos dos meios de produção; decidir o que produzir, quando e como produzir. Distribuir equitativamente será o desafio.

Os donos dos meios de produção podem acelerar a economia criando empregos ou desacelerá-la não investindo. Com o desemprego (fome), criado para não investir, podem derrubar o governo dos operários.

Esse estado forte construído pela Classe Trabalhadora deve estatizar a saúde, a educação, as fontes de energia e, principalmente, promover o desenvolvimento sustentável. Nossa sobrevivência está em perigo, se uma nova sociedade não for construída.

O Estado deve abrir novos campos de trabalho: cuidadores de pessoas, da cidade, dos jardins, das florestas, das praias… Aumentar a demanda no campo da cultura e do lazer.

Todos devemos trabalhar  para cada um trabalhar menos. Repartir o trabalho para que todas as pessoas conquistem seus sonhos com dignidade.

Todos devemos ter uma renda social. Por pertencermos à  classe operária, já temos direito a ela. Mesmo assim, toda pessoa deve colaborar nos trabalhos comunitários.

 

A JUSTIÇA SERÁ O ALICERCE DA SOCIEDADE HARMÔNICA E FELIZ QUE QUEREMOS CONSTRUIR.

Imagem: Bruno O.

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