Por Vicente Ruiz Garcia, Alex Gordinho e Nadir Gordinho

Realizou-se nos dias 16 e 17 de agosto a grande Marcha das Margaridas. Foram mulheres trabalhadoras de todo o Brasil se manifestando em Brasília.

Foi a 7ª Marcha que teve como lema: PELA RECONSTRUÇÃO DO BRASIL E PELO BEM VIVER. Desde dois mil essas marchas ganham mais força e regularmente a cada quatro anos a marcha renova suas esperanças de ter um Brasil mais justo, igualitário e soberano.

Considerada a maior mobilização de mulheres do campo e das cidades da América Latina, este ano teve o reforço de 33 países e o ato contou com mais de 100 mil mulheres de todo o país que se uniram em busca de justiça, igualdade, melhores condições de vida e pelo fim da violência contra as mulheres.

MARGARIDA ALVES, inspiradora dessas marchas, foi uma trabalhadora rural e sindicalista brasileira, uma das primeiras mulheres a exercer um cargo de direção sindical no país. Nasceu em 05 de agosto de 1933, em Alagoa Grande (Paraíba). Logo cedo sua família foi expulsa pelos latifundiários das terras onde plantavam para sobreviver.

Tornou-se presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais aos 40 anos, estando sempre à frente na luta pelos direitos básicos das(os) trabalhadoras(es) rurais em Alagoa Grande, como o programa de alfabetização de adultos, inspirado na Pedagogia de Paulo Freire e moveu várias ações na justiça do trabalho enfrentando os grandes proprietários de terras e usineiros de açúcar.

Esta marcha é um movimento de todas as mulheres trabalhadoras rurais, indígenas, ribeirinhas, sem-terra, extrativistas, LGBTQIA+ e dos centros urbanos.

MARGARIDA ALVES, assassinada em 12 de agosto de 1983, é uma das maiores lideranças do Brasil e sua coragem e determinação se expressavam em seus discursos: DA LUTA EU NÃO FUJO. É MELHOR MORRER NA LUTA DO QUE MORRER DE FOME.

Em uma justa homenagem, em 16 de agosto de 2023, pela lei 14.649 é considerada uma heroína das ligas camponesas e dos trabalhadores rurais do Brasil. Homenagem prestada pelo então presidente LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA.

PODEM MATAR UMA MARGARIDA, DUAS MARGARIDAS…

MAS JAMAIS OS CAPITALISTAS PODERÃO

COM MILHARES DE MARGARIDAS COLORIDAS SE ESPALHANDO PELO CAMPO E CIDADE.

Imagem: Dando Bandeira (2021), do Jardim Miriam Arte Clube/JAMAC.

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Escrito por Expresso Periférico

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