Desde 1890 o dia Primeiro de Maio é marcado no mundo inteiro como dia do trabalhador. Por Eduardo Pacheco

Desde 1890 o dia primeiro de maio é marcado no mundo inteiro como Dia do Trabalhador, em homenagem a sindicalistas assassinados em 1866 em Chicago, nos Estados Unidos, por fazerem uma greve pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.

Aqui no Brasil, essa data foi considerada como feriado nacional em 1924, após um período de intensas lutas do movimento sindical por direitos sociais. Foi somente em 1943 que o movimento conseguiu que o salário mínimo e férias fossem consolidadas como direito trabalhista.

Após o golpe com a deposição da presidente eleita Dilma Roussef e as perseguições da Lava Jato, somente na construção civil mais de um milhão de empregos foram extintos. Com a Reforma Trabalhista do governo Temer, além de perdermos muitos direitos, o desemprego chegou a 4 milhões e no desgoverno de Bolsonaro, atingimos o recorde histórico de 14 milhões de desempregados.

Em 2022, mais de 2.000 pessoas foram resgatadas em condições de trabalho escravizado no interior do Brasil e ainda temos hoje mais de um milhão e seiscentas mil pessoas trabalhando em aplicativos. São aqueles entregadores de comidas e encomendas que andam por aqui de motos e bicicletas trabalhando de 12 a 14 horas por dia para levar algum troco para casa. Alguns acharam um nome mais bonitinho para esses escravos modernos: empreendedores.

Nunca vimos como hoje tantas pessoas e, mesmo famílias inteiras, morando nas ruas por falta de moradia e principalmente de emprego, passando fome e frio e sem nenhuma perspectiva de resgatar sua dignidade enquanto seres humanos.

Não há muito o que se comemorar, mas devemos refletir sobre o que acontece e tomarmos atitudes para reverter esse problema. Não é levando essas pessoas para o interior para serem escravizadas, como defende o governo de São Paulo, que vamos fazer isso, mas com intensa mobilização social. Precisamos ocupar as ruas denunciando e exigindo políticas públicas que gerem renda e emprego à população. É preciso desfazer a Reforma da Previdência e Trabalhista para resgatarmos nossos direitos.

É PRECISO CORAGEM, É PRECISO OUSADIA, É PRECISO LUTAR.

Imagem: Bruno O.

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Escrito por Expresso Periférico

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