A diferença de 2.139.645 votos de Lula para o candidato derrotado não diminui o valor de nossa vitória tão sofrida, senão que a valoriza

A diferença de 2.139.645 de votos de Lula para o candidato derrotado não diminui o valor de nossa vitória tão sofrida, mas sim a valoriza.

Os nossos adversários entraram no campo de batalha decididos a matar, caluniar e a eliminar o inimigo. Não tinham restrições éticas ou morais.

Mataram líderes indígenas, militantes do PT, ameaçaram seus adversários. Foram 15 assassinatos durante a campanha eleitoral e mais 23 tentativas de assassinato. Foi o segundo turno mais violento da história do Brasil. Tivemos 324 casos de violência durante a campanha. A maior violência foi obra dos bolsomínions armados. Vestir uma camiseta vermelha ou colar um adesivo de Lula no carro despertava o ódio dos bolsomínions e as agressões. A liberação de armas e o PT como inimigo facilitava a luta. Um capitão fajuto, especialista em mortes, tinha dado a ordem de matar.

Muitos eleitores votaram, sem perceber, contra o PT, não a favor do “coiso”.

O medo atingiu a todos nesta campanha eleitoral. O PT era o inimigo escolhido pelos fascistas e devia ser eliminado.

Como votar em Lula diante da ameaça de ser mandado embora do trabalho feita por patrões raivosos? Quantos votos foram trocados pelo medo de ficar desempregado neste Brasil desindustrializado?

Muitos dos pastores das igrejas evangélicas, pentecostais e outras denominações, ameaçaram os seguidores que votassem no candidato que denominavam Satanás. Esses pastores se sentem erroneamente transmissores da vontade divina. Atemorizam seus fiéis para não votarem em candidatos de esquerda, denominados por eles de comunistas.

A distribuição de dinheiro para congressistas foi de 38 bilhões, subtraídos da seguridade social para emendas parlamentares.

O preço de tanta generosidade era colocar e trabalhar para eleger o matador e admirador de torturadores.

Abaixou o preço da gasolina e de vários produtos na última semana da campanha eleitoral para ganhar votos.

O presidente derrotado usou o Auxílio Emergencial de RS 600,00 para ganhar eleitores, mesmo que tenham sido os parlamentares de oposição que o forçaram para dar esse auxilio e aumentá-lo.

O bunker olavista de Carlos Bolsonaro instalado no Palácio do Planalto foi uma arma decisiva na eleição de 2018 e nela tinham plena confiança nesta eleição de 2022. Lá funcionava o gabinete do ódio que alimentava todo tipo de fake news, calúnias absurdas nas quais os eleitores ingenuamente acreditavam sem questionamentos.

Usaram todos os meios para ganhar as eleições e continuar saqueando o Brasil. Não conseguiram.

Tinham tudo para ganhar, estavam certos de que ganhariam.

Mas o Brasil não merecia esse castigo. Eles precisam ser julgados, condenados e presos.

Vencemos um adversário que não respeitou as normas do jogo. Lutamos contra inimigos armados que estão acabando com a pouca democracia que temos.

Foi difícil e a vitória não é definitiva. Devemos conquistá-la todo dia.

Imagem: Roberto Parizotti (Fotos Públicas)

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Escrito por Vicente Ruiz

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