Os brasileiros são pacíficos?

A morte de Moïse Kabagambe “a pauladas” nos questiona esse conceito que tínhamos formado de brasileiro boa gente.

Podemos ver a realidade onde vivemos e os números nos mostrarão um quadro da violência que nos rodeia e não a vemos porque nos acostumamos a conviver com ela.

Alguns números que esclarecem a violência que nos rodeia:

628.595 pessoas foram assassinadas entre 2008 e 2018: 

Em 2018 foram assassinados 57. 956 seres humanos brasileiros, nossos irmãos:

91,8% eram homens, 8% eram mulheres; 

75,7% eram negros;

Em 2018, 4.519 mulheres foram assassinadas:

68% eram negras;

Uma mulher é assassinada no Brasil a cada 2 horas.

30.873 jovens foram vítimas de homicídio em 2018:

53,3% do total das vítimas.

Vemos que morrem principalmente homens jovens pretos.

Diante deste quadro de morte, não podemos ter inveja do número de mortos de qualquer guerra, superamos todas. Estamos acostumados às mortes diárias e já não nos produzem sentimentos. O ódio semeado tem sabor amargo e já se espalhou por toda a lavoura.

Quando uma sociedade é favorável à pena de morte, ela justifica o atuar do assassino e este se sente livre para transgredir a lei, pois sabe que não será julgado. 

Os que comandam o mundo do crime não sujam as mãos, pois convencem a matar seus irmãos de classe, os líderes que lutam por eles.

Assim, essas pessoas se convertem em traidores. Matam seus irmãos incitados e enganados pelos meios de comunicação.

Nota: Os dados numéricos foram recolhidos do Atlas da Violência 2020 do IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

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Escrito por Vicente Ruiz

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