Poemas de Maria Ap. Filadelfo (Cidinha Carvalho)

Brasil

Era uma vez um país
Que tinha um povo infeliz
Com as queimadas no pantanal
Botavam fogo por troça
Acabavam com toda a roça
Pra transformar em curral.

Tinha também a Amazônia
Que só lhes causava insônia
Porque foi reduzida a pó
Por causa de tanta ganância
Devastaram toda exuberância
Uma humilhação de dar dó.

Fizeram uma imensa fogueira
Virou uma grande poeira
Escurecendo toda região
E por mais verde que fosse
Dessa maneira tornou-se
Pretinho como carvão

Mais veio um dia o castigo
Apareceu um invisível inimigo
Circulando por aí
Alastrou muito de repente
Contaminou e matou muita gente
Quando esteve por aqui.

Fadado à destruição
Caminhando na contramão
Entrando em um funil
Pôs a mão a natureza
Fez-se novamente a beleza
E refloresceu o Brasil.

Serra da Onça é Maria

Natureza exuberante
Grilos sapos cotovia
Borboletas multicores
Sob o olhar atento de Maria

Plantas, árvores, animais
Um chão de grama fria
Esbanjando amor e carinho
A flor maior chamada Maria

Cantigas, fogão à lenha
Comida gostosa todo dia
Plantando, cantarolando e ensinando
Como ser uma linda Maria

Uma alegria constante
Orquestra dos pássaros em harmonia
Trazendo fé e esperança
Pra iluminada bela Maria

Com experiência e maestros
Tudo por causa da pandemia
Renovei toda minha energia
Tudo graças a nossa Maria.

Imagem: Bruno O.
Leitura em áudio: Evania Vieira Poeta

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Escrito por Expresso Periférico

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