6ª edição do SLAM interescolar Nossa Voz reúne 17 escolas no CEU Alvarenga

Realizado no teatro do CEU Alvarenga, no dia 21 de novembro, o SLAM Interescolar Nossa Voz chegou à sexta edição, com a participação de 17 escolas da DRE – Santo Amaro. O evento já virou tradição e serve para movimentar jovens  estudantes/poetas, que precisam participar e vencer a etapa escolar para estarem presentes no SLAM Interescolar representando suas escolas e as respectivas comunidades escolares.

O SLAM é um campeonato de poesia autoral falada e performada que incentiva a expressão e o protagonismo por meio da arte. Tem regras próprias e a presença de cinco  jurados que avaliam o texto e a performance de cada poeta com notas que vão até 10. Cada escola participante organiza seu SLAM interno que irá escolher o representante do evento interescolar e o seu suplente. Além disso, as escolas costumam levar cerca de 20 estudantes como acompanhantes. A experiência costuma ser marcante e impactante para eles.

Uma comissão composta por professores de diversas escolas organiza o evento: Cláudia Gonçalves (representando a DIPED), Deise Tadeu Rodrigues, João H. O. da Silva (João Invenção), Christiane Heri  (Chris Heri), Marta Rocha, Sílvia Ap. de Lima, Roberto B. Santos (Professor Betinho), Paloma de Andrade e Marlei Luciane Bernun. As fotografias ficaram a cargo de Juliane Ribeiro. Os convidados foram Daniel Fagundes, cineasta, educomunicador e poeta; Amauri Falseti, dramaturgo e diretor teatral, diretor artístico da Cia. Paideia de Teatro; Danilo dos Santos Monteiro, professor de história, arte educador, gestor cultural e ativista social; Marcos, dançarino do grupo Magic Five, produtor musical e beatmaker; e Fábio Nunez, músico, compositor, professor, cineasta e ativista cultural. Vale assinalar a sentida  ausência de Dona Edite, musa da Cooperifa, que estaria no júri, mas, devido a um problema de saúde, não pôde estar presente. Carla Carvalho (DJ Carlu) foi, mais uma vez, responsável pela discotecagem.

Neste ano, representantes de 17 escolas participaram Sofia Xavier N. Barbosa, representando a EMEF Prof. Nelson Pimentel Queiroz; Rafaela de Oliveira dos Santos, EMEF Conde Pereira Carneiro; Rafaela Costa Macedo, EMEF Des. Joaquim Azevedo Cândido Marques; Maria Rita Oliveira Silva, EMEF João Gualberto do Amaral Carvalho; Maria Eduarda Lima Lopes, EMEF Profº Elza Maia Costa Freire; Maria Eduarda dos Santos, EMEF Prof.Antônio de Sampaio Dória; Larah Fernanda Teles A. Cavalcante, EMEF Dr. Habib Carlos Kyrillos; Kauany Vitória Carvalho Moreira, EMEF Prof. Carlos Augusto de Queiroz Rocha; Ingrid Dantas Araújo, EMEFM Prof. Linneu Prestes; Guilherme Antônio da Silva Vicente, EMEF Dep. João Sussumu Hirata; Giovanna da Silva Reis, EMEF Alm. Sylvio Heck; Geovanna Nayara da Silva, EMEF Ministro Calógeras; Gabriel Porto Gomes, EMEF Profª Maria Lúcia dos Santos; Annelise de Campos Amaro, EMEF Prof. Antônio Carlos Abreu Sodré; Anna Clara Souza S. S. Jacinto, EMEF Des. Manoel Carlos de Figueiredo Ferraz; e Alayne Lino de Oliveira, EMEF Profº Isabel Vieira Ferreira. 

Após muita emoção na primeira e segunda rodadas, a grande final foi realizada por seis poetas e o resultado final foi o seguinte: Maria Eduarda, do Elza Maia, em sexto lugar; Gabriel, do Maria Lúcia, em quinto; Guilherme, do Sussumu, em quarto; Ingrid, do Linneu Prestes,  em terceiro; Annelise, do Abreu Sodré, em segundo; e Giovanna da Silva, do Sylvio Heck, sendo consagrada a grande campeã do 6º SLAM Interescolar Nossa Voz, da DRE-SA. Cada estudante enviou um de seus poemas que, posteriormente, será publicado e ficará disponível em um livro em PDF.

Ficou provado, mais uma vez, que o SLAM é uma competição em que poetas, professores, público, todos ganham. Com poemas autorais que revelam as angústias, os desejos, os sonhos dos estudantes, jovens que adolescem na poesia e usam a arte como grito de socorro, de denúncia, mas também anunciando o mundo que desejam, mais justo, sem racismo, machismo, intolerância religiosa, violência policial, abuso sexual, lgbtqia+fobia ou qualquer tipo de opressão. Seus poemas pedem mais amor, respeito, liberdade, solidariedade e justiça social. Poder subir no palco e apresentá-los em voz  alta, ser ouvido, respeitado e aplaudido é uma grande vitória para esses jovens e toda a sociedade. O resultado final é a troca, o intercâmbio, o ganho coletivo. Assim se faz, na prática, a necessária união entre Educação e Cultura.

Imagens: Juliane Ribeiro

Compartilhe:

Escrito por Prof. Betinho

Roberto Bezerra dos Santos, professor Betinho, é formado em Letras pela USP e atua na rede pública de ensino desde 1996, sendo desde 2002 professor concursado de Língua Portuguesa no município de São Paulo e desde 2003 no município de Diadema. Ativista cultural, do movimento negro (Círculo Palmarino) e Hip Hop, é presidente de time de várzea (GRE Congregação Mariana). Facebook: professorrobertobetinho Instagram: profbetinho Twiter: profbetinho1973

Deixe um comentário