Poemas de Izabel Nepomuceno

A felicidade está no caminho

A vida é um caminho, muitas vezes escuro e cheio de curvas.
As vezes plano as vezes montanhas.
Caminhos tranquilos e claros, as vezes lamas, areias ou pedras.
Nunca sabemos o que temos que enfrentar pela frente, na dimensão do percurso.
Porém aprendi que vale tentar, mesmo em meio às dificuldades, do que recuar ou desistir.
Abraçar nossos sonhos, seguir em frente e ultrapassar barreiras, fortalecer as lutas.
Acreditar nos projetos e sonhos.
O grande valor da vida está revelado no caminhar.
Aprendi que a felicidade está espalhada por todo o caminho

Infância na roça

Minha infância na roça, pés no chão, liberdade, simplicidade, criatividade e muitas brincadeiras!
Brinquedos??
Ah!! Muitos!
Bonecas de abóbora, ( com olhos de feijão preto)
Bonecas de milho. Tinha que ser milho verde com cabelos longos.
Bonecas de pano, bonecas de garrafas, e até mandioca virava boneca tbm.
As vezes o porquinho novo coitado, virava boneca tbm!
Brinquedos?? Muitos!
Tampinhas, frascos de medicamentos, de perfume, potes de pomadas, latinhas de sardinha, cuia, coité, casca de côco e outros mais.
Muitos primos.
Uma comunidade com muitos tios, crianças não faltava!
As casinhas de brincar tinha em toda a parte.
Sobre os galhos das árvores, embaixo das moitas onde as galinhas se escondiam do sol.
No galinheiro, no chiqueiro com os porquinhos bebês .
Na varanda de serviço . Lugar pra brincar não faltava. Fogaozinho de lenha feitos no barranco aos banhos no pequeno riacho. Saudades!!!
Uma carroça que meus primos empurravam, bora lá viajar pelo mundo!!
Batizados de bonecas, meu primo era o padre, minhas primas madrinhas.
As brincadeiras divertidas variavam muito.
Pega pega. Pique esconde. Brincadeiras de roda.
Corre cutia, passar o anel. Jogar belisco, bolinhas de gude. Bambolê.
Acertar as casas de marimbondo com o estiling e sair correndo.
Não haviam muros. As cercas só para os bichos.
Meus bichinhos de brincar: pintinhos, cabritinhos porquinhos, gatinhos tbm.
Escola???
Não havia
Mas minha tia ensinava.
Havia a cartilha do ABC.
Muito carvão.
Escrevia com carvão, tinha uma tabuinha. As paredes portas e janelas de madeira, tudo virava lousa.
Galhinho seco tbm servia, para escrever no chão. Já sabia escrever frases e ler as cartas pra minha mãe!
Caderno?!!! Ah!! Finalmente ganhei um! Nossa!!!
Um caderno com um lápis com chapeuzinho!
Meu lápis com chapeuzinho!
Não Izabel. É uma borracha sobre o lápis.
Serve para apagar as palavras escritas erradas!
Agora o grande desafio
Aprender a escrever no caderno.
Agora já copiava.
Caderno importante!! Muito cuidado!!
Hoje:
São Paulo, mãe de 4 filhos; !
Avó;!
Fisioterapeuta, Acupunturista.
Solteira;
Linda, maravilhosa e feliz!!!!

Imagem: Bruno O.
Leitura em áudio: Denise Tiago dos Reis

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Escrito por Expresso Periférico

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