Por Sérgio Vaz

Quando um político pedir o seu voto, peça o currículo dele. Não esqueça que independente da sua situação, é você quem está oferecendo emprego.
Veja o nome, endereço, últimos trabalhos, quanto ele quer ganhar, se pode trabalhar aos sábados e domingos, se está disponível para hora extras.
A religião e a cor da pele não importa, mas procure saber se ele se importa com a sua. Quem ele ama tanto faz, mas fica atento se ele vai te deixar amar também.
Observa o que ele pensa sobre as últimas eleições, se liga como ele se comporta com questões que afetam a humanidade. peça três referências e se ele já for rico, pergunte porque ele quer trabalhar por você, por tão pouco, nesta empresa chamada Brasil.
Olha pra vida que você e as outras pessoas ao seu lado tem (saúde, educação, cultura, segurança, emprego, moradia, saneamento básico, transporte, meio ambiente, respeito…) e analise se ele pode mudar essa realidade, ou se a realidade está ruim justamente por causa dele.
Não esqueça, assim como eu e você, ele também pode fazer qualquer coisa pra conseguir o emprego. E que o povo em geral está cheio de desempregados justamente por conta das falsas promessas de alguns desses falsos profissionais.
Respeita o suor da sua família.
Pois você gostando ou não, tudo tem a ver com política, tudo tem a ver com seu voto ou seu veto..
Se ele te oferecer algo em troca, lembre-se, se ele está te pagando antes não poderá cobrar nada depois.
Dinâmica de grupo é bom também.
Ignore os diplomas, porém veja se ele é formado em sentimentos nobres.
Faça uma boa entrevista, pegue seu cartão e peça pra ele aguardar até o dia da votação porque está estudando outros candidatos.
Respeite sua história. Respeite sua classe social e seus antepassados.
Respeita a sua quebrada.
Quem quer te comprar, acha que você não vale nada. Agora é hora de dar o troco.
Ao votar, tenha dignidade, e não se esqueça que nós somos o povo e estamos cansados de sofrer. E lembre-se, só quem gosta de nós somos nós.

Respeite seu voto.

Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado/Fotos Públicas

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Escrito por Expresso Periférico

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