NÃO AO FECHAMENTO DO CASTELINHO! Por Professor João Batista
No último dia 28 de abril, a população da Vila Missionária realizava sua primeira manifestação contra o fechamento do CASTELINHO, aparelho que oferta serviços de assistência social desde 1979. De crianças a idosos, a população saiu às ruas, demonstrando indignação frente à notícia, apresentando uma faixa com os dizeres: “O CASTELINHO pede socorro. Não ao fechamento do CASTELINHO.” Além de cartazes e cantos, que complementaram a reivindicação.
Esse foi o primeiro passo para expor à população local sobre o pedido de socorro e, assim, forçar uma mediação por parte da SMADS (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social) na situação.
BREVE HISTÓRICO
O centro comunitário castelinho foi construído pela Organização Social São Paulo Womans Club em 1979. No início, havia atividades de alfabetização de adultos, cursos profissionalizantes e clínica de saúde da mulher. Os serviços conveniados com a Secretaria Municipal de Assistência Social são desenvolvidos no CASTELINHO desde o final dos anos 80. Sendo que a Organização Social São Paulo Womans Club ficou à frente do atendimento até 2021, quando doou o prédio ao Instituto Dom Bosco. O IDB assumiu os serviços a partir de 2021 e, em dezembro de 2024, informou à SAS (Supervisão de Assistência Social) de Cidade Ademar que estaria encerrando suas atividades no Castelinho. Aí então, por meio de um contrato emergencial com duração de 28/12/2024 até 28/06/2025, assumiu a Organização Social Não Governamental CrêSer.
Os serviços existentes no Castelinho há mais de 25 anos são:
CCA – Centro de convivência para crianças e adolescentes;
CJ – Centro da Juventude;
NCI – Núcleo de convivência da pessoa idosa;
MSE – Medida Socioeducativa (serviço da proteção especial).
Após a comunicação de encerramento dos trabalhos por parte do Instituto Dom Bosco, o mesmo anunciou a doação do prédio de volta à primeira proprietária, a OS São Paulo Womans Club que, pelas informações, apresenta diferenças com a administração de quem atualmente oferece os serviços (CrêSer). O que pode impedir a continuidade do trabalho, deixando o CASTELINHO com os dias contados, já que o contrato emergencial, assinado entre a Organização Social e SMADS, vai até o final do mês de junho.
RESPOSTA DO GOVERNO E OS PRÓXIMOS PASSOS DA LUTA CONTRA O FECHAMENTO
O governo municipal diz que os serviços não serão cessados. Porém, por falta de imóvel na região, os mesmos seriam “pulverizados” por toda a Cidade Ademar, o que obrigaria boa parte dos usuários locais a deixarem os serviços, acarretando grandes prejuízos para uma população muito carente.
Desde a década de 1980, a prefeitura de São Paulo, “injeta” dinheiro dos munícipes para a oferta dos serviços, dinheiro este, investido também na estrutura predial, que sofreu grandes alterações da década de 1980 para cá. O que, por si só, já justificaria a intervenção do governo, por meio da SMADS, com o objetivo de manutenção do serviço.
A continuidade do movimento, com um ato já marcado para o dia 28/05 próximo, com concentração às 15h30 na Avenida Yervant Kissajikian, altura do nº 3400, pretende exigir uma intervenção do governo para um acordo e o bom senso das entidades envolvidas para a manutenção dos serviços oferecidos e no CASTELINHO.
Pensamos que o governo deve agir, cobrando do proprietário que continue cumprindo com a oferta dos serviços, mantendo a função social do imóvel, mas mais do que isso: que todo o dinheiro público já investido no local, sirva para que a população da Vila Missionária, siga sendo atendida pelo CASTELINHO.
Afinal, a cidade mais rica da América do Sul deve caminhar para a oferta de serviços de assistência social, por meio de aquisição e construção de prédios próprios e abertura de concurso público para o pleno atendimento de sua população.
DIA 28/05, TODOS(AS) ÀS RUAS, EXIGIR A MANUTENÇÃO DO CASTELINHO E SEUS SERVIÇOS!
O CASTELINHO FICA!
Imagem: Acervo pessoal do autor